Cultuar Para Lembrar
“No princípio de cada mês, ofereçam em holocausto ao Senhor dois novilhos e um carneiro, sete cordeiros de um ano, sem defeito, e seis litros da melhor farinha, amassada com azeite, em oferta de cereais, para um novilho; quatro litros da melhor farinha, amassada com azeite, em oferta de cereais, para um carneiro” Números 28:11,12
Quem não começou um mês com uma grande expectativa de algo que iria acontecer naqueles dias ou até mesmo preocupado se os recursos financeiros seriam suficientes para arcar com as despesas mensais?
Todo início de mês gera uma expectativa sobre como serão os próximos dias. As pessoas mais abastadas se preocupam com a movimentação do mercado financeiro; se os seus investimentos terão o retorno desejado ou iniciarão o próximo mês com algum prejuízo. Porém, oque espera a maioria é que novas despesas não aconteçam, porque o orçamento já está por demais apertado com os gastos normais.
Além dessas expectativas econômicas, outras também surgem em diversas áreas, sejam sociais ou até mesmo espirituais. Na realidade há sempre uma incógnita sobre como serão os próximos dias. Isso não era diferente na época de Moisés.
Aparentemente o calendário que o povo hebreu usava naquela época para marcar os dias dos sacrifícios era o lunar. O início de cada mês era marcado pelo surgimento da lua nova. O ciclo da lua nova é de quase 30 dias. Quando ela aparecia no céu, os hebreus sabiam que um novo mês estava começando. Então, nessa noite, havia uma festa onde era oferecido um sacrifício ao Senhor como parcialmente está descrito no texto acima. Essa festa servia como recurso didático usado para diferenciar a adoração a Deus da adoração a outros deuses feita por outros povos. Enquanto os deuses da lua das religiões pagãs exigiam submissão e controle absoluto dos fiéis, Israel era lembrado nessa celebração que quem o pastoreava, protegendo e cuidando, era Jeová. Deus nunca exigiu do seu povo uma culto meramente ritualista e cerimonial, sem a devida expressão do relacionamento de amor que desfrutavam, do reconhecimento e da devoção a Ele.
Os principais deuses daquela época eram: Astarote ou Asera, Baal (Principal divindade dos cananeus), Baal-Peor, Camos ou Quemos, Dagom e Milcom ou Moloque (que exigia o sacrifício de crianças que eram queimadas vivas).
Os sacrifícios oferecidos a Deus ensinavam quem Ele era, a Sua santidade, a necessidade do Seu perdão pelos pecados; e também lembravam que Ele era um Deus misericordioso e bondoso, que cuidava do seu povo como um Bom Pastor.
Que as nossas celebrações religiosas sejam voltadas para aquele que de fato merece ser celebrado, lembrando e enaltecendo o seu caráter e atributos.