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Cultura De Morte

Pr. Willes J. Silva3 min. de leitura

“Tome esse tributo da metade que toca aos soldados e entregue-o ao sacerdote Eleazar, como oferta ao Senhor” Números 31:29

Como é difícil para os cristãos pensarem sobre textos bíblicos como esse que estão inseridos num contexto de guerra. Nós buscamos a paz e fomos ensinados a amar os nossos inimigos, mas é preciso entender que os efeitos do pecado se tornam visíveis através do distanciamento de Deus, idolatria e guerra. Todas as civilizações que se desenvolveram ao longo dos tempos que não conheceram Deus ou não se importaram com seus ensinamentos, acabaram desenvolvendo uma cultura de violência e desprezo aos conceitos básicos dos direitos humanos. Assim o que valia era a predominância do mais forte.

Não é muito diferente nos dias de hoje. Ainda o mais fraco é explorado e maltratado. Não raro vemos grupos de privilegiados usurpando os direitos e se assenhorando dos recursos dos mais pobres. A violência e a impiedade estão cada vez mais presentes em ambientes urbanos e se alastrando para os recantos mais distantes do planeta. Compaixão e amor estão se tornando escassos. O que ainda detém o avanço do império do mal é a presença da igreja no mundo. Crentes firmes na fé garantem a manifestação dos valores do reino no mundo e influenciam leis e ações que valorizam a pessoa humana por ser imagem e semelhança de Deus.

O Senhor já havia decidido usar o povo de Israel para exercer o seu juízo contra aquelas nações canaanitas que, por 500 anos, praticaram a idolatria e valorizaram a cultura da morte. Ao mesmo tempo, como soberano que é, decidiu dar a Israel aquelas terras. Isso não seria fácil, pois os hebreus lutariam com nações mais poderosas. Porém, nesse texto, Moisés já está prevendo que seriam vitoriosos nas muitas batalhas que enfrentariam, pois Deus é quem daria a vitória. Esse reconhecimento viria através dos tributos oferecidos ao Senhor.

Não vivemos esse tipo de contexto, por isso, a não ser para defesa da vida, nada mais justifica qualquer conflito armado que resulte em morte. Pessoas não podem usar textos antigos para defender ações de violência contra o próximo. Da mesma forma esses textos não podem ser usados para querer infligir ao Senhor qualquer mal por ordenar a guerra e destruição daquelas nações. A oportunidade para se acertarem foi dada por um longo tempo e o mal que praticavam já havia atingido um nível que não mais podia ser tolerado por um Deus santo, justo e bom.              

Mesmo aqueles que não reconhecem Deus como Senhor, um dia serão julgados pela violência praticada. Com isso, a melhor opção é buscar o bem do próximo e agradar a Deus com uma atitude pacífica

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    Pr. Willes J. Silva

    Willes José da Silva, nascido em 18 de Outubro de 1962, é licenciado em Matemática e possui bacharelado em Música Sacra e Teologia, bem como Mestrado em Ministério. Com vasta experiência ministerial, pastoreia a Igreja Batista em Nova Suíça, situada na cidade de Nova Friburgo - RJ.